terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nosso Lar - O Estudo (parte 1)

Irmãos e irmãs, que os espíritos benfeitores possam nos acompanhar e que nossa pequenez se faça sensível a essa presença de luz.

Já há algum tempo que venho recebendo solicitações de posts de estudo das obras literárias, que na verdade prefiro chamar de legado, de nosso Chico. Mais especificamente um estudo das obras de André Luiz.

Obviamente que me sinto lisonjeado. Infelizmente meu ego ainda é muito superior ao meu tamanho real e não posso esconder que fico feliz em receber esses pedidos, não obstante, eu, sinceramente, não estou à altura de atende-los. Entretanto, humildemente, acredito que posso repartir o que sentí ter aprendido lendo algumas vezes as obras de nosso estimado irmão (voces não sentem orgulho de chamar de irmão um espírito que tanto nos trouxe ? Ahh !! Outra vez mostro porque ainda precisarei reencarnar tantas outras milhares de vezes e aprender a deixar esses sentimentos de lado ! Por ora é inevitável. Eu me orgulho de chamar de irmão espíritos iluminados).

O que quero propor nesse espaço não é um monólogo. Não! Eu não tenho a mínima audácia de achar que tudo aprendí com Nosso Lar (iniciaremos o estudo com esta obra). Proponho um debate. Gostaria que mandassem emails ou postassem comentários para irmos discutindo o tema, ou seja, este post trata-se de um convite à reflexão.

Mas, enfim... Vamos ao que interessa. Nosso Lar, como a maioria de voces já sabem, teve sua primeira edição publicada em 1944 e todos os direitos autorais foram doados à FEB no mesmo ano, pelo escritor, Chico Xavier. É uma obra totalmente psicografada, ditada única e exclusivamente pelo espírito de André Luiz. Hoje, o romance é um clássico, com mais de 2 milhoes de exemplares vendidos no mundo e traduzido para mais de 15 idiomas.

O livro já é, sem o enredo, uma novela a parte, visto que o espírito, ao se apresentar a Chico disse-lhe que lhe ditaria alguns livros. Chico perguntou seu nome ao que ele respondeu quem realmente era, entretanto disse-lhe que Chico não deveria revelar sua identidade real por fatos que a humanidade viria a descerrar num futuro breve. Entao, completando, perguntou à Chico qual era o nome do rapaz que dormia no quarto ao lado onde ambos estavam. Chico disse-lhe ser seu meio-irmão e que seu nome era André Luiz. Estima-se que os fatos acima ocorreram no início da psicografia, no ano de 1942/43. Em 1938 foi lançado, por Chico ditado por Humberto de Campos o livro "Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho" e em 1944 a esposa viúva, e detentora dos direitos autorais de Humberto de Campos, move ação contra Chico e a FEB, reclamando autoria deste último. Para Chico, tudo então se fez claro nas declarações de André Luiz.

"Quero trabalhar e conhecer a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procurarei a prodigiosa luz da fraternidade através do serviço às criaturas, olvidando o próprio nome que deixo para trás por amor a Deus e a elas. Revisto-me transitoriamente de outra personagem para melhor ensinar e amparar. Sou André Luiz."  Fico pensando... Quer maior prova de desapego do que abdicar do próprio nome afim trazer a lume ensinamentos que estamos apenas ainda no be-a-ba ?

A curiosidade do livro, por si só, não se resume a isso. O livro foi duramente criticado logo após seu lançamento pois, era inconcebível existir uma cidade alem-túmulo. Lembremos que Chico tinha, senão pouco mais, 10 livros publicados. Junta-se a pequenos fatos, tais como, sala de banho, bonus hora, união espiritual, e ligações em geral da vida material e pronto. Nosso Lar foi (e em algumas dissidencias do espiritismo ainda o é - vide 02 ultimos posts deste blog) duramente criticado. Aliás, creio eu que, não fosse a marca de Emmanuel em todas as publicações deste autor espiritual e hoje eu não daria metade da importância que o livro realmente nos tem.

Precisamos ressaltar:

1) Hoje existe, de forma gratuita, o audiobook do livro. Como se sabe o audiobook é gerado a partir de um software que "lê" e transcreve o que está sendo "lido" em voz masculina ou feminina e, escolhe-se apenas uma voz. Ou seja, o livro é ditado, ipsis litteris porém, por um software.

2) Existem, a venda e de forma gratuita, a radionovela do livro. Ou seja, é o enredo do livro novelado por vozes diversas.

3) Por último, porem não menos importante, temos ainda o filme que hoje já é amplamente difundido.

Não creia, amigo leitor, que qualquer um dos tres substitui a obra. Mera tolice. O audiobook não consegue transmitir a essência do livro, afinal, trata-se de uma máquina. Tanto a radionovel quanto o filme não possuem a magnitude da obra, eventualmente até pulando trechos importantes. Entretanto, se voce nao gosta de ler, eu recomendo que fique com a radionovela. Mas, repito, voce ainda não conhecerá toda o esplendor de Nosso Lar.

No próximo post iniciaremos o estudo da obra. Participem, desde já.

Que as melhores vibrações de amor possa nos tomar o espírito.

Alt

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